Quem sou eu

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Sou um eterno aprendiz neste jogo, que para muitos é arte.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

 

Solidez

Não há espaço

Nem tempo

Para minha

Poesia desaguar

De amor,

Apenas sei

O que fazer.


No desespero

Sussurro teu nome,

Penso em teu rosto,

Desenho teu corpo.


E sei que é parte

De mim,

Que és metade

De mim.


O que sinto por te

Não tem cheiro

Nem cor...

E mesmo que deslembrem

Os dias que moveram se

E tudo quanto desejaram os meus olhos.


Será dito, que sou apenas

Pedaços do que senti.

 

1994


Talvez seja arte


Talvez seja arte

Morrer assim

Beijar tua boca

Se sentir assim.


Talvez seja arte

Sentir teu perfume

Talvez seja arte

Morrer ao teu lado

Sem sentir ciúme.


Talvez seja arte

Dar mais um passo e cair.

Arte da mais perfeita solidão.


Talvez seja fácil

Nascer em teus braços

Acariciar teu peito escasso.


Talvez seja fácil

Ouvir tua voz, num som curioso

Que não posso tocar

Com o amor do meu peito.


Talvez seja fácil

Olhar meus passos

E sair.


Talvez seja fácil

Beijar te a face

Ser poeta e crê na arte.


Reudes / Washington / J. Veloso

1994




quarta-feira, 26 de agosto de 2020

 

Surto Poético

Sou

     Sol

     Solidão.

Sou

    Mar

    Mareação.

Sou

   Terra

   Terremoto.

Sou

    Vento

    Ventania.

Sou

    Pó

    Poesia.